História do Cristianismo
Olá, hoje a viagem é pela história do cristianismo. Conheça agora com o Demonstre a história de uma das maiores religiões da história.
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Cristianismo
Transformado em religião oficial do Império Romano, em 392, por Teodósio, a igreja estrutura-se como poder temporal e Estado Pontifício, entre 440 e 752. Em 440, Leão I determina o primado da Igreja Romana sobre as demais.
A partir de 492 Roma começa a difundir a doutrina dos dois poderes, pela qual os bispos são responsáveis perante Deus pelos soberanos temporais, que devem ficar subordinados à Igreja. O papa, pai da Igreja e bispo de Roma, não pode ser julgado por ninguém.
Em 590 Gregório I centraliza os bens eclesiásticos, estabelece as bases do poder territorial do papado e transforma o bispo de Roma no soberano temporal da cidade.
Estrutura da Igreja
Entra em processo final de consolidação em 752, quando o papa Estêvão II utiliza um documento falso de doação (Donatio Constantini), pelo qual Constantino teria cedido ao papa a cidade de Roma e metade do Império Romano do Ocidente.
O Estado Pontifício passa a ter poder sobre os imperadores, que, para serem reconhecidos, devem ser coroados pelo papa. A partir de 860 todo o aparato administrativo da Igreja é centralizado em Roma, que age como monarquia absolutista (Santa Sé).
Os legados pontifícios controlam os reis e imperadores cristãos. No final do século XII, reinos como os da Inglaterra, Sicília e Portugal tornam-se feudos da Igreja.
Monopólio cultural
Diante da possibilidade de perder o monopólio cultural, devido ao surgimento de heresias e movimentos reformadores, o papado passa a incentivar, desde o século XI, a formação de centros de estudos.
Mosteiros, catedrais (escolas monacais) e escolas episcopais centralizam os debates sobre a reforma da Igreja e desenvolvem-se em centros docentes mais ambiciosos, as universidades. Nestas o ensino é ministrado em latim e escalonado em diversos graus.
A Universidade de Salerno é fundada em 1087, Bolonha em 1119, Paris em 1150, Módena e Oxford em 1168, Pádua em 1222 e Valência em 1245. Com a formação de centros culturais submetidos às ordens religiosas, a Igreja mantém sob seu controle o ensino e a produção cultural.
Santo Tomás de Aquino (1225-1274)
Santo Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo e escolástico católico italiano. Torna-se famoso ao escrever a Summa contra gentiles e a Summa theologica, inspiradas em Aristóteles, nas quais tenta conciliar o natural e o sobrenatural e a razão e a fé, complementadas segundo critério de subordinação.
Sua doutrina recebe o nome de tomismo e limita a filosofia à teologia, o que resulta na reação de outros escolásticos e na formação de correntes filosóficas diferentes.
Enfraquecimento da Igreja
Começa no século XIV, como conseqüência dos choques de interesse com as monarquias ascendentes. Outros motivos são o alastramento da corrupção, o aumento da resistência às cobranças da Igreja, a eclosão do cisma ocidental e a proliferação das heresias.
A questão das investiduras
A partir de 1075, ocorre a disputa entre o Império Germânico e o papado sobre o direito dos clérigos de receberem cargos dos laicos. A disputa descamba em guerra civil, na ocupação de Roma por tropas germânicas e na intervenção dos normandos para libertar o papa.
Um acordo surge na Concordata de Worms, em 1122. A investidura temporal dos bens seculares cedidos em feudo fica separada da investidura canônica, privativa da Igreja.
O cativeiro de Avignon
Resulta da disputa entre o papa Bonifácio VIII e o rei Felipe IV, da França, a partir de 1294. Bonifácio reafirma a supremacia universal do papa, pretendendo limitar o poder do rei francês. Este convoca um concílio nacional contra Bonifácio, em 1302, enquanto o chanceler francês Nogaret prende o papa em Agnani.
Desde então, são entronizados diversos papas franceses e, em 1309, a Santa Sé é transferida para Avignon. A Igreja perde autoridade e só volta a fixar a sede da Santa Sé em Roma em 1377.
O grande cisma do Ocidente
Entre 1378 e 1417, ocorre uma divisão na Igreja Católica com a instalação de dois papados rivais, um em Roma e outro em Avignon, na França. O Grande Cisma do Ocidente termina com o pontificado de Martinho V, em 1417.
Cruzadas
Expedições militares organizadas pelos cristãos europeus, desde o final do século XI, para combater os muçulmanos e cristianizar os territórios da Ásia Menor e Palestina, ocupados por tribos turcas.
As cruzadas oficiais, oito no total, nos séculos XII e XIII, são formadas por cavaleiros e dirigidas por nobres, príncipes ou reis. As expedições também têm motivações não-religiosas, como a abertura das rotas terrestres de comércio com o oriente, novas conquistas territoriais, mesmo contra reinos cristãos, alianças para derrotar concorrentes feudais e decidir disputas dinásticas.
Cruzada dos Mendigos
É a primeira cruzada extra-oficial. Organizada pelo pregador Pedro de Amiens, conhecido como Pedro, o Eremita, que reúne mendigos e ataca tribos árabes em 1096. São todos aniquilados.
Cruzada dos Barões
É a primeira cruzada oficial. Organizada por Godofredo de Bulhões, chega até a Terra Santa em 1097 e toma Jerusalém, onde é fundado um reino cristão.
Bulhões recebe o título de defensor e barão do Santo Sepulcro. Para defender o território conquistado são criadas as ordens dos hospitalários e dos templários, de caráter militar e religioso.
Cruzada das Crianças
Organizada em 1212, na onda do fervor religioso iniciado pelas cruzadas anteriores. Milhares de adolescentes embarcam em Marselha e são conduzidos pelos armadores a Alexandria. Quase todas morrem pelo caminho de fome e cansaço. As que resistem são vendidas como escravas.
Inquisição
Tribunal episcopal criado para inquirir e punir as doutrinas contrárias à ortodoxia cristã. Até o século XII as heresias são punidas pela Igreja com desterro e enclausuramento.
A partir da criação do tribunal episcopal e do tribunal papal (1231), estabelece-se a tortura e a pena de morte. A ação inquisitorial contra os hereges estende-se pelos reinos católicos durante os séculos XIV ao XIX (na península Ibérica).
Perguntas frequentes sobre a história do Cristianismo
Onde surgiu o Cristianismo?
O Cristianismo espalhou-se em Jerusalém, sendo posteriormente espalhado por todo Oriente Médio.
Quando o Império Romano se tornou cristão?
O Cristianismo se tornou religião no Império Romano em 380 d. C.
Como o Cristianismo surgiu no Império Romano?
Com as perseguições sofridas pelos cristãos, a religião acabou se fortalecendo, aumentando o número de seguidores da religião.
Como era feita a perseguição dos cristãos pelos romanos?
Nas perseguições sofridas, os cristãos sofreram diversas torturas, muitas vezes queimando-os vivos ou colocando-os como comida por feras.
Qual o objetivo das perseguições?
O objetivo era impedir que o Cristianismo se espalhasse pelo Império.
Como o Cristianismo se tornou a religião oficial de Roma?
O imperador Constantino se converteu à religião em 313, permitindo-a em todo o Império. Anos mais tarde, mais precisamente em 391, a religião se tornou a religião oficial de Roma.
Referências bibliográficas da História do Cristianismo
- CANTU, Cesare. História universal. São Paulo: Ed. das Américas, 1967-1968.
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